Total de visualizações de página

quinta-feira, 19 de março de 2015

A Polícia e seu Papel Pedagógico

Uma das maiores preocupações das pessoas quanto ao papel da polícia em uma sociedade, nasce, ou melhor,  dizendo, se reproduz devido a falta de interação dos grupos policiais com a comunidade. Essa falta de contato direto do policial com a sociedade sempre se mostrou nociva e com isso se perpetua a ideia que polícia e sociedade não estão do mesmo lado.
Uma das filosofias mais interessantes para gerar essa interatividade entre policiais e sociedade é a da Polícia Comunitária, essa filosofia de cunho organizacional, visa à participação efetiva da sociedade ao trabalho policial. 

Infelizmente o policiamento comunitário não tem sido trabalhado de forma adequada em alguns Estados brasileiros, devido à desvirtuação da filosofia por motivos políticos, onde muitas das vezes só se aplica o nome da proposta e não o emprego efetivo da estratégia de polícia comunitária. Outro fator que se demonstra negativo em alguns casos é a desmotivação dos agentes de segurança pública frente ao projeto, primeiramente devido aos regulamentos disciplinares que em alguns casos são arcaicos e tira do próprio agente de segurança o sentimento de cidadania, bem como a péssima remuneração em alguns Estados e também a falta de formação dos profissionais de segurança publica para a promoção desse tipo de policiamento.

Uma das visões mais positivas do policiamento comunitário é a de que a polícia também participa de ações socioeducativas, pois age de maneira que vai de encontro com a promoção da cidadania, garantindo um dialogo aberto com os populares, também o policial está apto para orientar, aconselhar e advertir antes de agir repressivamente, pois as ações educativas não irão acontecer tão somente após as infrações serem cometidas. O policial em serviço é muito mais do que um agente de segurança publica e isso a maioria descobriu no dia-a-dia, muitas das vezes sendo socorristas, enfermeiros, mediador de conflitos, pai e conselheiro, mas o que muitos não se deram conta é que todas essas ações policiais se apresenta um fazer pedagógico, Segundo, Kátia Regina Domingos de Melo (2005), O fazer pedagógico é de suma importância tanto para o docente como para o aluno. Pois, é neste fazer pedagógico que se dá uma grande interação entre ambos. Trazendo para realidade da polícia o Docente(professor) seria o policial e o aluno seria o cidadão, nessas ações está contido todo um aprendizado, toda uma carga de conhecimento que pode e deve gerar bons frutos na sociedade.

 Os policiais devem mostrar que a imagem que muitos fazem da polícia na mídia não é regra e nem verdade absoluta -- a imagem de que os métodos empregados pelas Policias Militares são inadequados a um ambiente de educação cidadã e que as abordagens policias em geral são feitas com base em preconceitos sociais e de etnia e que a violência é usada como método de investigação e não como mera autodefesa -- A realidade que toda ação positiva da polícia sempre será bem vista apenas por quem está próximo ou foi favorecido pela atuação padrão dos agentes de segurança, porém se as ações são negativas, a máquina midiática irá levar a informação para diversos setores da sociedade e com isso se perpetuará a velha e já conhecida queixa de que a polícia não está do lado do povo e sim contra ele.
Logo a boa atuação da polícia gera um aprendizado, pois mostra a sociedade que a verdadeira ação policial está em consonância com as leis vigentes em nosso país.


Heber Oliveira Mesquita – Pedagogo / Sd QPPM

quarta-feira, 11 de março de 2015

Os Três Dias Gloriosos

Sempre quando vejo a sociedade brasileira revoltada com as mazelas oriundas do governo federal vem-me à memória as aulas de história do ensino fundamental e médio que narrava sobre a Revolução Francesa (1789) e Movimento Revolucionário de 1830. Nesse paralelo vou fazer um breve resumo do Movimento Revolucionário, também conhecido como OS TRÊS DIAS GLORIOSOS.
Esse movimento nasceu no período em que o Rei Carlos X, governava sobre a França e havia revivido o câncer governamental chamado de Absolutismo, sendo responsável por um conjunto de medidas impopulares que geraram desconforto a grande parte da sociedade francesa, dentre as medidas estava a repressão a liberdade de imprensa, isto é, censura, dissolveu a Câmara dos Deputados e cassou os direitos políticos de grande parte do eleitorado, além disso para os mais pobres da sociedade que já sofriam com a escarces de alimento e pela falta de emprego essas medidas feriam mais ainda a noção de cidadão e incitou a revolta.


 Com todo esse estresse contra as medidas absolutistas do Rei, a população se mobilizou durante três dias (27,28 e 29 de Julho de 1830), saiu ás ruas, organizou barricadas e enfrentou as tropas do governo. O resultado foi a queda do rei Carlos X e o fim da dinastia dos Bourbon. O movimento se espalhou rapidamente pela Bélgica, Polônia, Estados germânicos, Itália, Inglaterra e Suíça. A burguesia saiu fortalecida, e o liberalismo imprimiu sua marca no continente europeu.
Voltando para a realidade brasileira, estamos diante de uma enxurrada denuncias de corrupção contra o governo federal e políticos ligados diretamente ao governo, o pior de tudo é que esse “estupro” aos cofres públicos já vem de longa data, são quase duas décadas de “roubalheira institucionalizada”, isso levando em consideração apenas a gestão do partido que diz defender o trabalhador, mas que mexeu justamente no bolso do mais humilde, quando mexeu nos direitos trabalhistas. Utilizando um jargão muito utilizado pelo senhor Luís Inácio, ouso a dizer: “Nunca na história desse País se viu esquecer as promessas de campanha tão rapidamente”, “Nunca na história desse País se viu tanta lama escorrendo de baixo do tapete da hipocrisia”.


Com todo esse histórico de sujeiras e tramoias, a sociedade brasileira também cansou de ser enganada, de ver o fruto de seu trabalho sendo consumido cada vez mais pelos impostos abusivos cobrados, cuja renda dos mesmos nunca é utilizada de maneira correta na melhoria dos serviços públicos, pelo contrario, tornam-se montantes para serem aplicados em corrupção para comprar o silencio e alimentar a corrupção nas licitações públicas. Dia 15 de março de 2015, os brasileiros que não compactuam com essa safadeza, com essa sujeira irão às ruas de todo o Brasil, manifestar sua insatisfação para com esse governo corrupto que tenta a todo custo “tapar o sol com a peneira”, talvez – e eu espero – que isso seja o início de uma revolução popular e não apenas uma marcha para que muitos paguem de “revoltadinho” de rede social, com lindas fotos de carinhas pintadas de verde e amarelo, mas que seja uma busca consciente pela mudança, que sejam conscientes também que se preciso for  seu sangue ser derramado, que não esmoreça, que continue em frente, que faça valer seu direito de ser cidadão e de participar ativamente das mudanças necessárias para que o Brasil se torne verdadeiramente um país menos injusto e menos corrupto. Que não façamos três dias gloriosos como os franceses, mas que seja pelo menos um dia de glória.