Uma das maiores preocupações
das pessoas quanto ao papel da polícia em uma sociedade, nasce, ou melhor, dizendo, se reproduz devido a falta de
interação dos grupos policiais com a comunidade. Essa falta de contato direto
do policial com a sociedade sempre se mostrou nociva e com isso se perpetua a
ideia que polícia e sociedade não estão do mesmo lado.
Uma das filosofias mais
interessantes para gerar essa interatividade entre policiais e sociedade é a da
Polícia Comunitária, essa filosofia de cunho organizacional, visa à
participação efetiva da sociedade ao trabalho policial.
Infelizmente o
policiamento comunitário não tem sido trabalhado de forma adequada em alguns
Estados brasileiros, devido à desvirtuação da filosofia por motivos políticos,
onde muitas das vezes só se aplica o nome da proposta e não o emprego efetivo
da estratégia de polícia comunitária. Outro fator que se demonstra negativo em
alguns casos é a desmotivação dos agentes de segurança pública frente ao projeto,
primeiramente devido aos regulamentos disciplinares que em alguns casos são
arcaicos e tira do próprio agente de segurança o sentimento de cidadania, bem
como a péssima remuneração em alguns Estados e também a falta de formação dos
profissionais de segurança publica para a promoção desse tipo de policiamento.
Uma das visões mais
positivas do policiamento comunitário é a de que a polícia também participa de
ações socioeducativas, pois age de maneira que vai de encontro com a promoção da
cidadania, garantindo um dialogo aberto com os populares, também o policial
está apto para orientar, aconselhar e advertir antes de agir repressivamente,
pois as ações educativas não irão acontecer tão somente após as infrações serem
cometidas. O policial em serviço é
muito mais do que um agente de segurança publica e isso a maioria descobriu no
dia-a-dia, muitas das vezes sendo socorristas, enfermeiros, mediador de
conflitos, pai e conselheiro, mas o que muitos não se deram conta é que todas
essas ações policiais se apresenta um fazer pedagógico, Segundo,
Kátia Regina Domingos de Melo (2005), O fazer pedagógico é de suma importância
tanto para o docente como para o aluno. Pois, é neste fazer pedagógico que se
dá uma grande interação entre ambos. Trazendo para realidade da polícia o
Docente(professor) seria o policial e o aluno seria o cidadão, nessas ações está contido
todo um aprendizado, toda uma carga de conhecimento que pode e deve gerar bons
frutos na sociedade.
Os policiais devem mostrar que a imagem que muitos fazem
da polícia na mídia não é regra e nem verdade absoluta -- a imagem de que os métodos
empregados pelas Policias Militares são inadequados a um ambiente de educação
cidadã e que as abordagens policias em geral são feitas com base em preconceitos
sociais e de etnia e que a violência é usada como método de investigação e não
como mera autodefesa -- A realidade que toda ação positiva da
polícia sempre será bem vista apenas por quem está próximo ou foi favorecido
pela atuação padrão dos agentes de segurança, porém se as ações são negativas,
a máquina midiática irá levar a informação para diversos setores da sociedade e
com isso se perpetuará a velha e já conhecida queixa de que a polícia não está
do lado do povo e sim contra ele.
Logo
a boa atuação da polícia gera um aprendizado, pois mostra a sociedade que a
verdadeira ação policial está em consonância com as leis vigentes em nosso
país.
Heber
Oliveira Mesquita – Pedagogo / Sd QPPM