

Mas os
brasileiros não descobriram que não eram o país do futebol por causa da
corrupção e da roubalheira, mas graças a Seleção da Alemanha que fez milhares
de brasileiros acordarem desse sonho todo azul com uma linda e categórica goleada
de 7 a 1 na seleção do “melhor do mundo”, do pentacampeão. Mal sabiam os torcedores que há tempos o
Brasil já vem levando de goleada da Alemanha, Inglaterra, França, Holanda e até
de países que sequer tem intimidade com a bola de futebol, mas essas goleadas
são mais dolorosas e humilhantes, pois demonstram o quão somos feitos de
idiotas pelos nossos governantes, quão pagamos de trouxa diante desses
políticos bandidos que roubam nosso dinheiro, que destroem a educação básica,
formando cidadãos sem senso crítico, perante aos outros povos do mundo somos um
bando de “bestas quadradas”.
Podemos perceber
isso fazendo uma leitura básica daquilo que liamos e ouvíamos há 20 e a 30
anos, nossos artistas de outrora escreviam canções que de fato transmitiam
algum conteúdo, seja uma simples mensagem de amor e de vida como “ Tocando em
Frente de Almir Sater” ou uma mensagem de cunho social como “Perfeição da
Legião Urbana ou Revoluções Por Minuto do RPM”. Hoje os artistas atuais parecem
produzir apenas mensagens alienantes e completamente desprovidas de papel de
transformação social, hoje só se cantam sobre mulheres a serem pegas numa
balada, traição e bebedeira. Será que os artistas atuais são produtos do meio,
isto é, são alienantes por serem alienados pelos mesmos problemas que jazem as
novas gerações ou são de fatos propagadores da alienação como ferramenta opressora
do Estado?
O fato que
devemos acordar para tudo que está acontecendo no nosso país, somos uma nação
que está perdendo suas raízes (verdadeiras raízes) aquelas regionalizadas e
familiares, por muito tempo a mídia vendeu a imagem de um país homogêneo onde
todos jogam futebol e sambam, não somos esse povo, nunca fomos! Somos
heterogêneos, temos nossas diferenças regionais, nossos costumes diferenciados
a única coisa que de fato devemos ser iguais é no direito de exercemos nossa
cidadania.
Heber
Oliveira Mesquita – SdPM/Professor