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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Voltando à ativa: Pensamentos compilados

Por algum tempo permaneci calado, evitando falar sobre a política do nosso Estado do Amazonas e do nosso país, não é porque estou enjoado do tema, mas pelo fato de gerar muitos conflitos, infelizmente tem pessoas que defendem seu ponto de vista ou ideologias partidárias de modo tão cego que parecem nem viverem no mesmo país que eu vivo (para quem não sabe é o Brasil). Só para relembrar meu país tem a fama de ser o “bonzão” no futebol tanto que os brasileiros seguidores da mídia nacional costumam se vangloriar por aqui de ser “o país do futebol”, ah! País do futebol e do carnaval. Costumam vender a falsa ideia de que aqui no Brasil, já nascemos sabendo jogar bola e com o quadril solto para dançar samba. Alguma coisa aconteceu, pois não sei jogar futebol (embora ame esse esporte) e detesto carnaval (respeito o samba, mas particularmente não gosto da sonoridade). Até tentei aprender jogar futebol na minha adolescência, mas a minha aptidão era para o basquete, aí sim até fazia uma graça, já o carnaval nunca gostei e depois que passei a ser policial passei a detestar essa festa. Meu negócio sempre foi um rock n’ roll, heavy metal e suas vertentes, além da MPB, rock nacional e o autêntico sertanejo de raiz.
Até o momento não sei sobre o que vou falar nesse texto, sobre política? Sobre as ideias vendidas pela mídia que fez o brasileiro mesmo se lascando em todos os rankings mais importantes como países menos corruptos, países com a melhor educação básica, países com menor taxa de analfabetismo, países mais seguros para se viver... mesmo assim tem brasileiro que bate no peito e tem orgulho do título de “país do futebol”... até onde eu sei o futebol que conhecemos  nasceu na Inglaterra e as regras que de 1863 servem de base para o desporto na atualidade, logo país do futebol não é o Brasil, mas creio que muitos descobriram isso em 2014 durante a Copa do Mundo no Brasil, onde tivemos mais prejuízos  que lucros, na verdade o lucro foram apenas dos corruptos e “lava-jateiros” de plantão que meteram a mão no dinheiro público em obras superfaturadas das construções das arenas e outros aparatos que faziam parte dos projetos iniciais. Em Manaus por exemplo, o metrô ficou só no papel, mas os gastos da Arena excederam o que de fato estavam nas planilhas. 
Mas os brasileiros não descobriram que não eram o país do futebol por causa da corrupção e da roubalheira, mas graças a Seleção da Alemanha que fez milhares de brasileiros acordarem desse sonho todo azul com uma linda e categórica goleada de 7 a 1 na seleção do “melhor do mundo”, do pentacampeão.  Mal sabiam os torcedores que há tempos o Brasil já vem levando de goleada da Alemanha, Inglaterra, França, Holanda e até de países que sequer tem intimidade com a bola de futebol, mas essas goleadas são mais dolorosas e humilhantes, pois demonstram o quão somos feitos de idiotas pelos nossos governantes, quão pagamos de trouxa diante desses políticos bandidos que roubam nosso dinheiro, que destroem a educação básica, formando cidadãos sem senso crítico, perante aos outros povos do mundo somos um bando de “bestas quadradas”.
Podemos perceber isso fazendo uma leitura básica daquilo que liamos e ouvíamos há 20 e a 30 anos, nossos artistas de outrora escreviam canções que de fato transmitiam algum conteúdo, seja uma simples mensagem de amor e de vida como “ Tocando em Frente de Almir Sater” ou uma mensagem de cunho social como “Perfeição da Legião Urbana ou Revoluções Por Minuto do RPM”. Hoje os artistas atuais parecem produzir apenas mensagens alienantes e completamente desprovidas de papel de transformação social, hoje só se cantam sobre mulheres a serem pegas numa balada, traição e bebedeira. Será que os artistas atuais são produtos do meio, isto é, são alienantes por serem alienados pelos mesmos problemas que jazem as novas gerações ou são de fatos propagadores da alienação como ferramenta opressora do Estado?
O fato que devemos acordar para tudo que está acontecendo no nosso país, somos uma nação que está perdendo suas raízes (verdadeiras raízes) aquelas regionalizadas e familiares, por muito tempo a mídia vendeu a imagem de um país homogêneo onde todos jogam futebol e sambam, não somos esse povo, nunca fomos! Somos heterogêneos, temos nossas diferenças regionais, nossos costumes diferenciados a única coisa que de fato devemos ser iguais é no direito de exercemos nossa cidadania.


Heber Oliveira Mesquita – SdPM/Professor