Não é de hoje que eu ( e muitos outros cidadãos) venho falando sobre as inversões de valores que a nossa sociedade vivencia. O problema já está enraizado, já se tornou cultura - a cultura da contravenção - e pior de tudo, essa cultura não se faz valer em uma pequena parcela da sociedade, mas na grande maioria, inclusive em algumas das nossas ações cotidianas, no trânsito, no "gato Net", no "gato na energia" ( há alguns que fazem logo é um tigre), naquela ação de furar a fila, de ficar com o troco a mais, enfim, essa cultura está está enraizada e muitos cidadãos de bem nem percebem isso e as vezes ainda procura um motivo para justificar o seu pequeno desvio de conduta. Claro que não irei comparar uma "contravençãozinha", com os crimes de colarinho branco ou atentados contra a vida, mas posso afirmar convicto que o terreno dessa nação está preparado e é fértil para desenvolver criminosos em potencial, pois a cultura do jeitinho brasileiro ( que eu sempre falo: é o jeitinho brasileiro de ser corrupto, de ser dar bem as custas dos outros) é nociva as novas gerações. Uma educação defasada, uma cultura de desrespeito às leis, lares em sua totalidade desestruturados (não somente por questões econômicas ou da falta de religião, crença, mas pelo enraizamento dessa cultura).
Essa cultura ganha força cada vez mais e a sua raiz fica mais profunda e isso é visível (para quem quer ver) toda que paramos para observar e refletir sobre coisas que fazem parte do nosso dia-a-dia, como a música por exemplo, que torna-se o maior propagador dessa cultura, que por sua vez encontra adeptos conscientes e defensores da mesma. Desvirtuando princípios básicos que regem os direitos humanos, com isso desconfigura a sociedade, gerando muito mais conflitos sociais, fragmentando a sociedade, criando diversos grupos, cada qual defendendo interesses minoritários e todos brigando entre si, porém todos dentro dessa concepção deturpada de "direitos", defendem seus interesses segundo a cultura do tomar a vantagem sobre o outro e não com o interesse dogmático de quw todos sao iguais perante a lei.
A solução para essa problemática? Sinceramente, com o enraizamento dessa cultura.. talvez seja necessário radicalizar, arrancando esse mal pela raiz e preparar a terra para o plantio de uma nova cultura e que essa seja uniforme e que vise o coletivo.. mas para isso seria necessário um "Reboot" em todo o sistema operacional do Brasil, o negócio é descobrir onde fica esse botão pra reiniciar o programa.
